905 FM | Dalton Trevisan, o "Vampiro de Curitiba", morre aos 99 anos, deixando um legado eterno para a literatura brasileira
Dalton Trevisan, o "Vampiro de Curitiba", morre aos 99 anos, deixando um legado eterno para a literatura brasileira
10 de dezembro de 2024
, Colunista:Anderson Americo Vargas
No dia, 9 de dezembro de 2024, o Brasil se despede de um de seus maiores escritores, Dalton Trevisan, conhecido como "O Vampiro de Curitiba". Aos 99 anos, ele faleceu na capital paranaense, cidade que foi não apenas o palco de sua vida, mas também a principal inspiração de sua obra. A morte foi confirmada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e pela família, que optou por um adeus discreto, sem velório, seguindo o perfil reservado do autor.
Uma obra de genialidade e introspecção
Nascido em 14 de junho de 1925, Trevisan iniciou sua carreira literária com a novela Sonata ao Luar, mas foi com Novelas nada exemplares e, principalmente, O Vampiro de Curitiba que ganhou reconhecimento nacional. Seu estilo era singular: frases curtas, diálogos precisos e histórias que desnudavam a alma humana. Dalton capturou a banalidade do cotidiano, transformando-a em literatura de impacto, ao abordar temas como solidão, dilemas morais e os conflitos da vida urbana.
Livros como A Polaquinha e Cemitério de Elefantes deram protagonismo à cidade de Curitiba, transformando suas ruas e bairros em personagens vivos. O escritor retratava uma Curitiba sombria e ao mesmo tempo lírica, onde as angústias da classe média se misturavam aos dramas de personagens marginalizados.
Recluso, mas imortal
Trevisan era conhecido por sua aversão ao contato com a imprensa. Desde os anos 1970, ele se afastou dos holofotes e levou uma vida reclusa. Essa distância apenas aumentou o fascínio pelo autor, que raramente era fotografado ou visto em público. Em 2021, por questões de saúde e segurança, ele deixou a famosa casa no Alto da Glória para morar em um apartamento no Centro de Curitiba.
Apesar do isolamento, sua obra continuou recebendo reconhecimento. Dalton foi agraciado com prêmios importantes, como o Jabuti e o Camões, os maiores da literatura em língua portuguesa. Mesmo diante de tais honrarias, manteve-se fiel à sua privacidade, recusando entrevistas e aparições públicas.
O legado eterno do "Vampiro"
Dalton Trevisan deixa um legado que transcende sua própria vida. Suas histórias imortalizaram o homem comum e a complexidade das relações humanas, transformando o cotidiano em arte.
Em nota, a Secretaria de Cultura do Paraná destacou:
“Sua reclusão pública contrastava com a vivacidade de sua escrita, que permanece como um marco da literatura brasileira contemporânea. Dalton desvendou como poucos as complexidades humanas e as angústias cotidianas da vida urbana.”
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Anderson Americo Vargas
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