O curta-metragem de Júlio Costa é uma obra delicada e profundamente emocional que convida o público a mergulhar na vida do renomado ator, diretor e produtor Fernando Torres, revisitada de forma poética.

A narrativa tem como ponto central uma carta escrita por Fernando à sua terra natal, Guaçuí, no Espírito Santo. É um tributo às memórias, às raízes e à força das lembranças.

Uma Carta de Amor a Guaçuí

No curta, A Ultima Carta de Fernando Torres, já idoso, interpretado pelo ator Rubinho Moraes, dá vida às palavras comoventes de uma carta carregada de saudade: "Querida Guaçuí,

Este trecho é o coração do curta, capturando a essência de um homem que, mesmo distante, nunca perdeu a conexão com suas raízes.

É uma declaração de amor por sua cidade, por suas montanhas floridas e pelo canto altaneiro das arapongas.

Cada palavra reflete o olhar nostálgico de quem se despede do tempo que ficou para trás. A Memória Revivida: A Arte à Vida

O curta-metragem combina a força das palavras de Fernando com uma entrevista conduzida por uma repórter, interpretada Pela atriz Eliane Correia, que o ajuda a revisitar momentos marcantes de sua vida.

Flashbacks revelam sua juventude, interpretada por Lucas Almeida, e mostram o vigor de um jovem cheio de sonhos. A atuação sensível de Aline Saraiva, junto à direção precisa de Júlio Costa, cria um mosaico emocional que conecta passado e presente.

A trilha sonora de Beethoven (Piano Sonata No. 14) complementa as imagens, envolvendo o espectador em uma atmosfera de contemplação e beleza. Guaçuí: O Berço de um Gênio

Fernando Torres nasceu em 14 de novembro de 1927, em Guaçuí, e, apesar de ter trilhado uma carreira brilhante nos palcos, na televisão e no cinema, nunca deixou de olhar para sua terra com carinho e gratidão.

Ele celebra em sua carta as montanhas repletas de ipês, o canto das arapongas, o perfume das flores e o calor humano que o moldou. Legado Imortal

Mais do que um retrato biográfico, o curta-metragem de Júlio Costa é uma reflexão sobre o significado de lar, saudade e pertencimento.

É um convite para revisitar nossas próprias histórias e abraçar as memórias que nos definem. Fernando Torres, um dos maiores nomes das artes cênicas brasileiras, deixou um legado que transcende o tempo.

Sua carta de amor a Guaçuí é um lembrete de que nossas raízes nos acompanham por toda a vida, ecoando com força, mesmo à distância.

Uma história que ressoa com todos que, como ele, têm em sua terra natal o berço de seus sonhos.