905 FM | Bolsonaro Admite Discussões Sobre Estado de Sítio no Fim de Seu Mandato e Nega Golpe
Bolsonaro Admite Discussões Sobre Estado de Sítio no Fim de Seu Mandato e Nega Golpe
26 de novembro de 2024
, Créditos:Anderson Americo Vargas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na última segunda-feira (25) que o estado de sítio foi analisado como uma possibilidade no encerramento de seu governo.
No entanto, ele rejeitou veementemente as acusações de liderar ou participar de uma trama golpista.
Em entrevista no aeroporto de Brasília, Bolsonaro afirmou que a ideia de golpe de Estado é "absurda" e alegou que um golpe só seria viável com o apoio total das Forças Armadas, o que, segundo ele, nunca ocorreu. "Golpe de Estado é uma coisa séria.
Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário", ressaltou.
As declarações surgem em meio a intensas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), que recentemente indiciou 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, por crimes relacionados à tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe e organização criminosa.
Segundo a PF, as penas podem variar de 12 a 28 anos de prisão, sem contar possíveis agravantes.
"Planejamento - Punhal Verde Amarelo"
Entre os pontos investigados está um documento conhecido como "Planejamento - Punhal Verde Amarelo", supostamente elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes, ex-integrante da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo a PF, o plano, que incluía assassinatos de figuras como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, foi impresso no Palácio do Planalto e teria chegado ao Palácio da Alvorada horas depois.
Bolsonaro evitou comentar sobre o plano, enquanto aliados presentes na entrevista interromperam perguntas mais incisivas.
Estado de Sítio e Constituição
Bolsonaro confirmou que o estado de sítio foi analisado como uma das opções "dentro das quatro linhas" da Constituição. Esse mecanismo é descrito como uma medida extrema, destinada a situações de guerra ou conflitos internos graves que não podem ser resolvidos pelo estado de defesa.
De acordo com especialistas, a discussão sobre essas medidas em um contexto de questionamento dos resultados eleitorais seria inconstitucional. O estado de defesa, que possui alcance mais limitado, também teria sido cogitado, conforme revelam documentos investigados.
Críticas ao Judiciário
Na entrevista, o ex-presidente não poupou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem acusa de agir de forma parcial. "A mesma pessoa faz tudo e, no final, vota para condenar quem quer que seja", disse Bolsonaro.
Repercussão
A declaração de Bolsonaro sobre o estado de sítio aumenta as tensões em um cenário político já polarizado. Com investigações avançando e aliados do ex-presidente sendo convocados para depor, o caso promete continuar a movimentar o cenário político brasileiro.
Os próximos capítulos desse episódio devem ser decisivos para definir as implicações legais e políticas das ações atribuídas ao ex-presidente e seus apoiadores.
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