A cidade de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, vive um momento de luto e consternação. No último domingo (10), Ângelo Valério, de apenas 8 anos, foi sepultado no cemitério local após falecer em decorrência de um incêndio que lhe causou queimaduras em 82% do corpo. A tragédia, ocorrida na segunda-feira (4), também vitimou seu pai, Ademilson Rosa Valério, de 39 anos, que não resistiu às queimaduras em 98% do corpo e faleceu na quarta-feira (6).

O incêndio, que deixou a comunidade abalada, teria sido provocado pela ex-madrasta do menino, Raquel de Jesus, de 33 anos. Segundo informações da Justiça, ela invadiu a residência da família, localizada na região de Graúna, durante a madrugada, enquanto Ângelo e seu pai dormiam, e teria jogado gasolina sobre eles antes de atear fogo. A motivação para tal ato ainda não foi divulgada pelas autoridades.

O sofrimento da família de Ângelo e Ademilson é compartilhado por moradores e pela sociedade, que clamam por justiça. Raquel de Jesus foi presa em flagrante logo após o ocorrido e teve sua prisão convertida em preventiva na audiência de custódia realizada na quinta-feira (7), devido à gravidade do crime.

A despedida de Ângelo foi marcada pela dor e pela presença de familiares, amigos e moradores que acompanharam a luta do menino no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra. A comoção se intensifica com a lembrança de um menino cheio de vida que, segundo conhecidos, era carinhoso e alegre, levando ainda mais pesar aos corações de todos.

A comunidade de Itapemirim espera que as investigações sejam concluídas com celeridade e que a justiça seja feita, para que crimes tão brutais e desumanos não fiquem impunes. A trágica história de Ângelo e seu pai é um triste lembrete da urgência em combater todas as formas de violência e proteger os mais vulneráveis.