Uma tempestade devastadora atingiu a região de Valência, na Espanha, deixando um rastro de destruição e, até agora, 217 mortos.

As chuvas intensas registraram, em apenas oito horas, o volume de água esperado para o ano inteiro.

Milhares de pessoas continuam desaparecidas, enquanto o governo mobilizou 10 mil profissionais, entre militares e equipes de resgate, para as buscas e a limpeza da região.

As enchentes, consideradas as mais graves do século no país, geraram uma série de críticas ao governo.

Moradores afirmam que os alertas para a tempestade foram enviados com atraso, quando a água já avançava pelas ruas, arrastando carros e destroços.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou estar mobilizando todos os recursos, mas enfrenta forte pressão popular.

O Rei Felipe VI, ao visitar uma das áreas mais atingidas, foi recebido com protestos e acusações.

A situação se agravou com a falta de alimentos, saques em supermercados e sérios danos à infraestrutura local.

Rodovias, pontes e trilhos de trem foram destruídos, afetando inclusive a produção de frutas cítricas, essencial para a economia da região.

Especialistas apontam que as mudanças climáticas estão aumentando a frequência e intensidade de eventos extremos como este, agravados pelas altas temperaturas do mar Mediterrâneo.