905 FM | Aumento de Casos de Coqueluche no Espírito Santo Preocupa Médicos e Autoridades de Saúde
Aumento de Casos de Coqueluche no Espírito Santo Preocupa Médicos e Autoridades de Saúde
23 de outubro de 2024
, Créditos:Anderson Americo Vargas
O Espírito Santo enfrenta um aumento alarmante de casos de coqueluche em 2024, uma doença respiratória que pode ser fatal, especialmente em bebês e idosos. Até o momento, foram registrados 343 casos suspeitos e 46 confirmações da doença, muito acima dos números observados no mesmo período de 2023, quando apenas 33 casos suspeitos e 5 confirmações foram registrados. Não há, até o momento, registro de mortes no estado.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Prevenção das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Danielle Grillo, explicou que o aumento não é exclusivo do Brasil, já que diversos países também estão em alerta devido ao surto da doença. "A coqueluche é uma doença cíclica, com picos a cada três a cinco anos, e estamos vivenciando um desses ciclos", afirmou. Grillo também mencionou que a cobertura vacinal abaixo do recomendado tem contribuído para o crescimento dos casos, além de uma possível mutação da bactéria causadora, Bordetella pertussis, o que reforça a importância da vacinação.
Vacinação em Foco
A vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como bebês menores de seis meses e grávidas. A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por Haemophilus influenzae B, é aplicada em três doses nos primeiros seis meses de vida, com reforços subsequentes. No entanto, a cobertura vacinal está em torno de 90%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Já para gestantes, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) deve ser administrada a partir da 20ª semana de gravidez, ajudando a proteger o bebê através da transferência de anticorpos da mãe. No entanto, a cobertura também está abaixo do ideal, em torno de 80%, quando a meta é de 95%. "A vacinação durante a gravidez é crucial para proteger o bebê até que ele possa receber a primeira dose da vacina", destacou a pneumologista Jéssica Polese.
Transmissão e Sintomas
A coqueluche é transmitida principalmente por gotículas expelidas durante a tosse ou o espirro de uma pessoa infectada, o que torna o contato próximo, especialmente em ambientes não vacinados, um fator de risco. Os sintomas iniciais da doença são semelhantes aos de um resfriado comum, com tosse seca, coriza e febre leve. No entanto, à medida que a doença progride, a tosse se torna intensa, incontrolável e, em alguns casos, pode durar semanas ou até meses. Nos estágios mais graves, podem ocorrer vômitos e dificuldade para respirar.
Em bebês, a coqueluche pode ser ainda mais perigosa, levando a complicações como apneia, convulsões e desidratação severa, que podem ser fatais se não tratadas. "Bebês menores de seis meses estão entre os grupos de maior risco, e o aumento dos casos é muito preocupante", alerta a pneumologista Carla Bulian.
Panorama Global e Nacional
O aumento de casos de coqueluche não é exclusivo do Espírito Santo. Diversos países na Europa, América do Sul e Ásia também enfrentam surtos da doença, que tem se espalhado devido à queda na cobertura vacinal em muitos lugares. No Brasil, o último grande surto de coqueluche ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados. Em 2024, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais também registraram aumento significativo de casos.
Segundo a Sesa, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a grande circulação da doença no país, incentivando a notificação rápida dos casos e reforço na vacinação para evitar que o surto cresça ainda mais.
A Prevenção é o Caminho
Com o aumento dos casos, a mensagem das autoridades de saúde é clara: a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a coqueluche, protegendo não apenas quem recebe a vacina, mas também reduzindo a circulação da doença na comunidade. Grávidas, crianças e trabalhadores da saúde devem priorizar a imunização, principalmente em tempos de surtos como o que estamos vivenciando.
“A prevenção através da vacinação é crucial, especialmente para as gestantes. Ao vacinar-se, a mãe protege não só a si mesma, mas também transfere anticorpos vitais para o bebê, garantindo que ele tenha defesas antes de completar o esquema vacinal", reforça Amanda Chartuni, que está prestes a dar à luz e já tomou a vacina dTpa para proteger seu bebê, Clara.
O Espírito Santo segue em alerta, e as autoridades de saúde continuarão monitorando de perto o aumento de casos para evitar que a situação se agrave. Com o engajamento da população e a adesão à vacinação, espera-se que o surto seja controlado nos próximos meses.
Fontes: Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
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