905 FM | Morre o jornalista Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos da televisão brasileira, aos 97 anos
Morre o jornalista Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos da televisão brasileira, aos 97 anos
3 de outubro de 2024
, Créditos:Anderson Americo Vargas
O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, desde o dia 4 de setembro, tratando de insuficiência renal crônica após um período de cuidados em casa por conta de uma pneumonia. Seu quadro de saúde se agravou, e ele morreu devido a falência múltipla dos órgãos às 8h da manhã.
De acordo com informações do Memória Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes, tornando-se uma figura central na televisão brasileira.
Vida e Carreira
Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, e completou 97 anos no último domingo (29). Sua carreira começou no rádio em 1944, quando um amigo o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Ele trabalhou em diversas emissoras até se mudar para São Paulo, onde atuou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Ele começou a aparecer na televisão entre 1951 e 1956, apresentando comerciais ao vivo em programas da TV Rio. Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no "Jornal de Vanguarda", marcando o início de sua carreira no jornalismo televisivo.
Em 1969, Cid voltou à Globo, onde substituiu Luís Jatobá no “Jornal da Globo” e foi escalado para a equipe do recém-lançado “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. A estreia ocorreu em setembro de 1969, e Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes.
Ele recordou seu nervosismo na estreia, que se tornou um marco na televisão brasileira, destacando a pressão e a responsabilidade que sentia ao apresentar o jornal.
Durante 26 anos, Cid foi o rosto principal do JN, cuja voz se tornou sinônimo de credibilidade, especialmente seu icônico "boa-noite" diário.
Legado e Contribuições
Paralelamente, Cid também fez parte do “Fantástico” desde sua estreia em 1973. Em 1999, narrou o famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso. Sua voz icônica ficou tão associada ao quadro que ele chegou a entrevistar o ilusionista quando este visitou o Brasil no ano seguinte.
A partir da década de 1990, Cid dedicou-se à gravação de salmos bíblicos e, em 2011, alcançou o objetivo de gravar a Bíblia na íntegra, um projeto que foi um grande sucesso de vendas. Em 2010, lançou a biografia “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira.
Durante a Copa do Mundo daquele ano, gravou a famosa vinheta “Jabulaaani!” para a cobertura do “Fantástico” e programas esportivos da Globo, adicionando mais um capítulo à sua ilustre carreira.
Até o momento, não há informações sobre velório e enterro.
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