Hoje, 25 de setembro, é um dia especial para todos nós que amamos a música, as histórias e as conexões que o rádio nos proporciona.

Celebramos o Dia Nacional do Rádio, um momento para refletir sobre a importância desse meio de comunicação que, há mais de um século, tem sido um canal vital de informação e cultura no nosso país.

Essa data é particularmente significativa, pois marca o nascimento de Edgard Roquette-Pinto, o homem que trouxe o rádio ao Brasil e se tornou conhecido como o “Pai do Rádio”.

A nossa jornada pelo rádio começou em 7 de setembro de 1922, durante as celebrações do Centenário da Independência.

Naquela manhã histórica, apenas 80 sortudos com receptores de rádio puderam ouvir o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, transmitido ao vivo.

E não parou por aí! A mágica continuou com a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, sendo transmitida ao vivo do Teatro Municipal. Embora o som fosse rudimentar, a emoção de ouvir essas vozes através das ondas do rádio foi revolucionária.

Organizada por Roquette-Pinto, essa primeira transmissão oficial se transformou na base da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que hoje conhecemos como Rádio MEC. Essa mudança não apenas introduziu o rádio no Brasil, mas também plantou a semente para o que se tornaria um meio de comunicação poderoso e acessível.

Antes de Roquette-Pinto, o padre Roberto Landell de Moura já havia experimentado as ondas de rádio em 1893, realizando transmissões em São Paulo.

Embora seu trabalho não tenha recebido o reconhecimento que merecia na época, ele foi um verdadeiro pioneiro, antecipando o que viria a ser uma revolução nas comunicações.

Sua contribuição é uma lembrança de que a inovação pode muitas vezes ser esquecida, mas nunca desaparece.

Nos anos 1930, o rádio se tornou um verdadeiro palco para vozes femininas que moldaram a cultura brasileira.

Carmen Miranda e outras grandes cantoras, como Aracy de Almeida e Elizeth Cardoso, trouxeram alegria e emoção para os lares dos brasileiros, imortalizando composições de artistas como Noel Rosa e Ary Barroso.

Essas mulheres não eram apenas cantoras; elas eram ícones, cujas vozes ecoavam nos corações e nas lembranças de milhões.

Com a chegada da televisão nos anos 1950, o rádio teve que se reinventar.

Ao invés de se deixar abater, ele encontrou um novo caminho, focando em notícias, serviços e músicas que falavam ao coração das pessoas.

A introdução da Frequência Modulada (FM) no final dos anos 70 trouxe uma nova vida ao rádio, com som mais claro e a possibilidade de explorar novos gêneros musicais, atraindo um público jovem e vibrante.

No sul do Espírito Santo, a Rádio Sul Capixaba 90.5 FM é um exemplo lindo do impacto que o rádio pode ter em nossa comunidade.

Há décadas, essa emissora se dedica a levar alegria, música e informação a diversos municípios, se tornando um verdadeiro laço entre as pessoas.

É o rádio que toca nossas vidas, que nos faz rir, chorar e nos conectar com a cultura local.

Mesmo com o avanço da tecnologia, o rádio permanece um pilar de nossa comunicação.

Ele continua a ser uma fonte confiável de informação, música e entretenimento, conectando pessoas de diferentes culturas e experiências.

Desde aquelas primeiras transmissões emocionantes até as rádios comunitárias e digitais de hoje, o rádio permanece no coração de milhões de brasileiros.

Neste Dia Nacional do Rádio, celebramos não apenas o rico passado desse meio, mas também seu presente vibrante e um futuro promissor.

Que possamos sempre encontrar novas maneiras de ouvir, aprender e nos conectar através das ondas do rádio.

Viva o rádio!