905 FM | Måneskin: A banda italiana que está trazendo o rock de volta ao topo
Måneskin: A banda italiana que está trazendo o rock de volta ao topo
11 de setembro de 2024
, Créditos:Anderson Americo Vargas
Em um mundo musical dominado por batidas eletrônicas, pop e rap, surge uma surpresa: uma banda de rock italiana que está quebrando todas as barreiras.
Essa é a história do Måneskin, o quarteto que vem conquistando corações e ouvidos ao redor do mundo com sua ousadia, energia e atitude.
Formado por Damiano David (vocalista), Victoria De Angelis (baixista), Thomas Raggi (guitarrista) e Ethan Torchio (baterista), o Måneskin é a personificação de um espírito rebelde e livre, algo que o rock and roll sempre representou.
Com seu visual provocante, andrógino e cheio de atitude, eles conseguem não só resgatar a essência do rock, como também injetar uma dose de modernidade, conectando-se perfeitamente com as novas gerações.
O começo de uma revolução musical
Como em muitas grandes histórias de bandas, o Måneskin nasceu entre amigos.
Victoria e Thomas, que se conheceram ainda na escola, começaram a tocar juntos em 2015, e logo perceberam que faltava algo.
Esse algo veio na forma de Damiano, cuja voz poderosa e presença de palco magnética trouxeram o toque final.
Ethan completou o grupo pouco depois, e juntos, eles estavam prontos para deixar sua marca.
O nome Måneskin, que significa "clarão da lua" em dinamarquês, língua da mãe de Victoria, reflete o misto de luz e sombra que permeia suas músicas.
O nome não foi escolhido por acaso – ele reflete bem a natureza do grupo: às vezes sombrio, outras vezes luminoso, mas sempre impactante.
O primeiro passo rumo ao estrelato: X Factor
O Måneskin logo percebeu que tinha algo especial em mãos.
Com apenas dois anos de existência, em 2017, eles participaram do X Factor italiano.
Mesmo sem vencer, saíram do programa como estrelas em ascensão.
A performance de Chosen, uma música original, foi um claro indicativo de que essa banda não estava ali para seguir regras – eles queriam redefini-las.
Logo após o programa, lançaram seu primeiro EP, Chosen, que trazia uma sonoridade fresca e agressiva, misturando rock alternativo com elementos de funk e até punk. Eles estavam prontos para desafiar o mainstream.
O sucesso que atravessou fronteiras
O álbum de estreia, Il Ballo Della Vita, lançado em 2018, foi o verdadeiro divisor de águas. Com ele, o Måneskin não só consolidou seu nome na Itália, mas também começou a chamar a atenção fora do país.
A faixa Torna a Casa ganhou destaque, mostrando um lado mais sensível e poético da banda, e trazendo à tona uma das personagens mais simbólicas de sua carreira: Marlena.
Ela é uma figura fictícia que representa liberdade, inspiração e criatividade – um símbolo para o que o Måneskin quer transmitir a seus fãs.
Com esse álbum, eles abriram shows para bandas internacionais de peso, como o Imagine Dragons, e ainda lançaram um documentário sobre sua trajetória, que foi exibido em cinemas italianos.
A banda estava deixando de ser apenas uma promessa; eles estavam se tornando uma realidade.
Eurovision: o ponto alto de uma jornada épica
Em 2021, o Måneskin atingiu um novo patamar. Após vencer o Festival de Sanremo, a maior competição musical da Itália, eles garantiram uma vaga no Eurovision, o concurso de canções que reúne países de toda a Europa.
Com Zitti e Buoni, uma música carregada de atitude e irreverência, eles se destacaram entre os concorrentes.
O refrão forte e a postura intransigente – “cala a boca e se comporte” – ecoaram em todos os cantos do festival.
E, após uma performance eletrizante na final, o Måneskin saiu como grande vencedor do Eurovision, colocando o rock italiano no mapa internacional mais uma vez.
O boom nas redes sociais e os desafios da fama
Mas não foi só o Eurovision que alavancou o Måneskin. As redes sociais, especialmente o TikTok, foram fundamentais para o crescimento da banda.
Músicas como Beggin’ (um cover reinventado de uma canção dos anos 60) e I Wanna Be Your Slave viralizaram na plataforma, levando o Måneskin a um público global.
A voz rouca de Damiano, combinada com a postura destemida do grupo, conquistou milhões de ouvintes ao redor do mundo.
Hoje, são mais de 28 milhões de ouvintes mensais no Spotify – números que não param de crescer.
O futuro do Måneskin: uma jornada global
O Måneskin não tem medo de sonhar alto. Recentemente, trocaram de empresário e agora estão focados em conquistar não só a Europa, mas também a América e outros continentes.
A juventude, irreverência e estilo único fazem deles uma força a ser reconhecida no cenário musical mundial.
Faixas essenciais para conhecer o Måneskin
Beggin': Uma releitura rock de um clássico dos anos 60, que explodiu no TikTok.
I Wanna Be Your Slave: A canção que captura toda a essência provocativa e libertadora do grupo.
Torna a Casa: Uma balada tocante e introspectiva, centrada na personagem Marlena.
Zitti e Buoni: O grito de revolta que levou o Måneskin ao topo do Eurovision.
Chosen: A música que apresentou a banda ao mundo no X Factor.
Curiosidades sobre o Måneskin
Os membros do Måneskin fazem parte da Geração Z, com Damiano sendo o mais velho, aos 22 anos, e Thomas, o mais jovem, com 20.
Marlena, a personagem do primeiro álbum, simboliza liberdade e criatividade, um reflexo das ambições artísticas da banda.
Em um show na Polônia, Damiano e Thomas se beijaram no palco em protesto contra a discriminação, enviando uma mensagem clara:“O amor nunca é errado”.
Além de suas músicas originais, o Måneskin é conhecido por seus covers enérgicos, como Somebody Told Me, do The Killers, e Midnight Sky, de Miley Cyrus.
Por que o Måneskin importa?
O Måneskin não é apenas uma banda – eles são um símbolo de renovação no rock, trazendo frescor a um gênero que, para muitos, estava adormecido.
Eles combinam o que há de melhor no passado com uma estética contemporânea, sem medo de desafiar normas e de se expressar com autenticidade.
Em um mundo cada vez mais saturado pelo convencional, o Måneskin surge como uma lufada de ar fresco, lembrando a todos que o rock, de fato, nunca morre.
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